31 de out. de 2010

MEDO DE MULHER

(Desenho de Bernard Boots)



Bastante nervoso pois era a nossa 
primeira festa em que éramos convidados 
especificamente para dançar.

As meninas eram todas conhecidas; 
menos algumasde suas amigas do 
Posto VI que, diziam, haviam sido
convidadas.

Qualquer contato ou conversa com 
as "locais" já era complicado. Imagine 
tentar conversar ou tirar essas novas 
garotas para dançar.

Mas a festa era naquele dia e 
deveríamos chegar na
casa do Kiko por volta das 8.

Ainda de tarde, depois das 3, 
comecei a arrumar aroupa e os sapatos.

Estendi a calça e arrumei a camisa 
e as meias em cima de minha cama. 

A gravata italiana do pai, já descartada
por muito uso, foi levada ao quarto 
das empregadas para passar à ferro.

Engraxei os sapatos de novo e desci 
até o calçadão para charlar com um 
dos outros convidados mas não 
encontrei nenhum.

O tempo custou a passar e, por volta 
das seis vesti a calça para ver como 
ficava. E a estendi de novo na cama.

No jantar, às 7, já vestido e de 
cabelo penteado com bastante 
Gomalina, não tive coragem de pedir 
ao velho um pouco de sua água de 
colônia inglesa.

Tinha que me contentar com o 
sabonete comum.

Chegou a hora e fui para a casa do 
Kiko.

Logo que pude me encostei na parede 
da sala e busquei apoio e força com 
dois amigos que, agora vejo, também 
buscavam apoio e coragem para tirar 
uma das meninas para dançar.

Entre os boleros e os fox-trots , com 
a orquestra de Glenn Miller, o "crooner" 
Frank Sinatra começava a aparecer.

"Getting sentimental over you" que, até 
hoje,é uma das melhores gravações do 
moço.

As horas foram passando, tomamos 
refresco de groselha e laranjada, 
comemos alguns sanduíches mas a 
coragem para tirar alguém para 
dançar não veio.

A festa acabou mas o medo de ser 
rejeitado ficou.

Já mais vivido e mais velho uns 5 ou 
10 anos, lembro bem que até para 
fazer contato com as airosas e mansas 
moças do randevu em Laranjeiras, 
as mãos gelavam e a boca secava 
um pouco.

Era o medo de levar um mortal NÃO 
que perdura.

Por isso vejo que não fui treinado 
para a vida real.




XXXXXXXXXX   31  OUT  2010   XXXXXXXX


30 de out. de 2010

ENTRE VELHOS RABISCOS . . .

 

      quixote

Um rápido rabisco  . . .

Um velho amigo que, já lá se vão 40 anos, quando

conversávamos, era o próprio Don Q.

Hoje faz falta pois vão acabando as ilusôes.

E amanhã, dia de eleição, espero boas notícias . . .

Ilusão?

 

 

Rio XXXXXXXX  30 OUT 2010  XXXXXXXXXX

28 de out. de 2010

A LEI PROTEGE QUEM?

                 seis66 

 

Escrevi aqui, não lembro quando, sobre o fato que a lei
socorre os filhos de um assassino que cumpre pena por matar um
cidadão.

Concede-lhes, até a maioridade, uma bolsa de centenas de reais
mensalmente.

A família do cidadão morto é que iria para o brejo se dele
dependesse para seu sustento.

Isso é o que me dizem.

Se eu estiver errado (o que acontece com freqüência), por favor,
me corrijam.

Os jornais e a TV não deixam o cidadão em paz. Crime é o bom,
é o que vende jornais e melhora a audiência do programa na telinha.

Mas, ao longo dessa linha, o bom mesmo é o crime hediondo. 

Agora uma hipótese
 
 Cidadão põe toda uma família dentro de um carro e o incendeia,
assistindo sua morte com total indiferença. Crime hediondo!!

Horrível! Tão horrível que faz pensar na pena-de-morte.

Esse inimaginável crime leva o assassino à prisão. Condenado
a muitos e muitos anos, com acréscimo de mais uns anos pela
forma em que foi executado o crime, vai para um presídio de
onde sairá, por bom comportamento, no fim de meia dúzia de
anos.

Ou muito antes, se conseguir fugir.

Sai ou foge, é indiferente.

E, acontece com frequência, acaba matando outras pessoas.

E aí pergunto: - Não seria instigante saber quantas pessoas
morrem por não termos, na nossa lei, a pena-de-morte?

Note-se que não estou sugerindo coisa alguma, por favor!!





XXXXXXXXX   28  OUT  2010  XXXXXXXXX

27 de out. de 2010

SURRUPIADO DE OUTRO BLOGGER

Political Philosophies Explained in Simple "Two-Cow" Terms.
1 - Socialism: You have two cows. You keep one and give one to your neighbor.


2 - Communism: You have two cows. The government takes them both and provides you with milk.


3 - Fascism: You have two cows. The government takes them and sells you the milk.


4 - Bureaucracy: You have two cows. The government takes them both, shoots one, milks the other, pays you for the milk, and then pours it down the drain.


5 - Capitalism: You have two cows. You sell one and buy a bull.


6 - Corporate: You have two cows. You sell one, force the other to produce the milk of four cows and then act surprised when it drops dead.


7 - Democracy: You have two cows. The government taxes you to the point that you must sell them both in order to support a man in a foreign country who has only one cow which was a gift from your government.


Do you prefer more or less government control over your life?


“If you have been voting for politicians who promise to give you goodies at someone else's expense, then you have no right to complain when they take your money and give it to someone else, including themselves” ~Thomas Sowell

 

XXXXXX  27  OUT  2010  XXXXXX

19 de out. de 2010

BEM VESTIDO OU VESTIDA

 

Lembre-se: -

Você somente será uma

pessoa bem vestida se sorrir.

 

XXXXXXXXXX  19  out  2010  xxxxxxxxx

16 de out. de 2010

GABRIEL E STANLEY

 

Mais de 440 mil pessoas já viram o vídeo GABRIEL E STANLEY

no UTUBE.

Se você ainda não viu, veja a razão de tamanho interesse por um

vídeo.

Se já viu, receba um abraço de fim de tarde de um sábado.

 

XXXXXXXXX 16  OUT  2010  XXXXXXXXXX

13 de out. de 2010

PASSAS AO RUN E ARTRITE

 

Não me lembro quando, nem quem foi que me deu a dica de

comer, todas as noites,  9 (nove) passas curtidas em gin para evitar

artrite. Mas isso foi há séculos passados.

Como acredito em bruxarias e no fato de que algumas pessoas nos

fazem bem e outras não, embarquei nas passas “ao gin” por muitos 

anos e consegui envelhecer com os dedos da mão sem aqueles

intumescimentos e caroços nas falanges.

Entra nesta estória o fato de que meu pai e seus irmãos sofriam

com esse mal. Me lembro de um dito antigo que afirmava que

" quem sai aos seus não degenera" e, conseqüência, a velha

artrite iria me atacar.

Um dia, acredito que por motivo de mudança para casa nova, deixei

de preparar o meu vidro com a as passas no gin.

Os anos se passaram e eu esqueci completamente da fórmula.

Já velho e com os dedos em ordem e conversando com amigos que

se queixavam dos dedos encaroçados, lhes disse que havia uma

"simpatia" que eu havia usado por longos anos e ali, nas minhas

mãos, estava o resultado.

Quando pediram a fórmula, eu que evitara a artrite mas não

havia impedido a cuca de envelhecer  e se esquecer das coisas,

não consegui responder.

Cheguei a dar uma busca nos papeis guardados e nada.

Hoje, como tenho um pé de fumo crescendo no pátio de

minha casa, entrei no Google e, aleluia!!! - e sem saber

porquê, bati os olhos num blogger que falava de passas no

run para artrite.

O mais engraçado é que há inúmeros "sites" com a fórmula

mágica.

Se, quando me pediram a dica para evitar artrite e já existisse

o Gloogle, bastaria escrever: - ARTRITE  PASSAS  NO  RUN.

Não acredita?

Vai lá!!

 

XXXXXXXXXXX  13 OUTUBRO 2010  XXXXXXXXXXX

10 de out. de 2010

CONSELHOS AOS MOTORISTAS NO VELHO EEUU.

For those who never saw any of the Burma Shave signs, here is a quick lesson in our history of the 1930's, 40s and '50's. Before there were interstates, when everyone drove the old 2 lane roads, Burma Shave signs would be posted all over the countryside in farmers' fields.  They were small red signs with white letters. Five signs, about 100 feet apart, (Isn't funny, back then it seemed we would never get to the next sign, at the speed Dad was driving? Now days you would have to be a speed reader!) each containing 1 line of a 4 line couplet......and the obligatory 5th sign advertising Burma Shave, a popular shaving cream.   Here are more of the actual signs:

DON'T STICK YOUR ELBOW
OUT SO FAR
IT MAY GO HOME
IN ANOTHER CAR
BURMA SHAVE

TRAINS DON'T WANDER
ALL OVER THE MAP
'CAUSE NOBODY SITS
IN THE ENGINEER'S LAP
BURMA SHAVE

SHE KISSED THE HAIRBRUSH
BY MISTAKE
SHE THOUGHT IT WAS
HER HUSBAND JAKE
BURMA SHAVE

DON'T LOSE YOUR HEAD
TO GAIN A MINUTE
YOU NEED YOUR HEAD
YOUR BRAINS ARE IN IT
BURMA SHAVE

DROVE TOO LONG
DRIVER SNOOZING
WHAT HAPPENED NEXT
IS NOT AMUSING
BURMA SHAVE

BROTHER SPEEDER
LET'S REHEARSE
ALL TOGETHER
GOOD MORNING, NURSE
BURMA SHAVE

CAUTIOUS RIDER
TO HER RECKLESS DEAR
LET'S HAVE LESS BULL
AND A LITTLE MORE STEER
BURMA SHAVE

SPEED WAS HIGH
WEATHER WAS NOT
TIRES WERE THIN
X MARKS THE SPOT

BURMA SHAVE
THE MIDNIGHT RIDE
OF PAUL FOR BEER
LED TO A WARMER
HEMISPHERE
BURMA SHAVE

AROUND THE CURVE
LICKETY-SPLIT
BEAUTIFUL CAR
WASN'T IT?
BURMA SHAVE

NO MATTER THE PRICE
NO MATTER HOW NEW
THE BEST SAFETY DEVICE
IN THE CAR IS YOU
BURMA SHAVE

A  GUY WHO DRIVES
A CAR WIDE OPEN
IS NOT THINKIN'
HE'S JUST HOPIN'
BURMA SHAVE

AT INTERSECTIONS
LOOK EACH WAY
A HARP SOUNDS NICE
BUT IT'S HARD TO PLAY
BURMA SHAVE

BOTH HANDS ON THE WHEEL
EYES ON THE ROAD
THAT'S THE SKILLFUL
DRIVER'S CODE
BURMA SHAVE

THE ONE WHO DRIVES
WHEN HE'S BEEN DRINKING
DEPENDS ON YOU
TO DO HIS THINKING
BURMA SHAVE

CAR IN DITCH
DRIVER IN TREE
THE MOON WAS FULL
AND SO WAS HE.
BURMA SHAVE

PASSING SCHOOL ZONE
TAKE IT SLOW
LET OUR LITTLE
SHAVERS GROW
BUrMA SHAVE

 

XXXXXXXXXXXXXX  10 OUT 2010  XXXXXXXXXXXXX

Thanks to Jeanne

1 de out. de 2010

CURANDO A PLANTA

No páteo lá de casa:
Orquídeas penduradas, mudas de nem sei quantas plantas e um pé de jaboticaba que já está dando doces frutos.

IMAG0001
Mas, o assunto é outro:
Um bom amigo, a meu pedido, me enviou umas mudas deManacá. Esse arbusto (?) que já vi do tamanho de uma árvore, dá um uma flôr que nasce branca e depois fica roxo-avermelhada.
Como resultado ele impressiona pela beleza das duas cores.
Já tive um que me foi mandado, já crescido, e dentro de um barril enorme de plástico, da longíncua Juiz de Fora, e que foi cultivado desde pequena muda. Chegou de caminhão e transpalntado para uma enorma cerâmica onde cresceu esplendoroso.

Um dia achei que a comunidade onde vivo merecia participar e ter o pé de Manacá enfeitando a rua. Mandei cavar a terra bem em frente à minha casa e alí o mandei plantar.

Ficou uma beleza mas, na manhá seguinte quando fui ver, ele havia desaparecido. Não sei se foi por se achar abandonado e fora de meu páteo e, por isso, voltou para Juiz de Fora ou se foi alguém da comunidade que também se amarra num pé de Manacá.

Nunca mais soube dele.

Mas a outra muda que crescia na jardineira próxima à minha porta de entrada, já crescidinha, ficou doente. Fungus?

Sei que fumo-de-rolo dissolvido em alcool mata esses bichos, e não sabendo onde arranjar, borrifei a muda com água e sabão e, –aprendi – matei a muda.

Mas, após ter mencionado o “fumo” como remédio para a planta, e na falta do mesmo em “rolo”, minha fiel escudeira me trouxe uma muda de pé de fumo.
Abradeci e disse que achava que não ia funcionar e esqueci.

IMAG0003
A fiel então plantou a muda na jardineira, bem junto à minha porta de entrada, e hoje, cheio de sabedoria, pergunto a quem chega se já viu um pé de fumo.

E descobri que, até agora, nunhum dos perguntados havia jamais visto tal coisa. Alguns até pensavam que o fumo já nascia enrrolado ou era coisa de cinema faroeste de onde o cow-boy fazia seu cigarrinho e o enrolava para acender depois.

Agora não sei até onde crescerá o pé de fumo.
Quem sabe?


xxxxxxxxx  1 outubro 2010  xxxxxxxxxx

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
SILVA COSTA - Pintor, nascido em São Paulo, Brasil, em 1927. Morou e estudou no Rio de Janeiro até 1949 quando viajou para os EEUU. Estudou desenho e pintura no Institute of Mechanics and Tradesmen em Nova Iorque, mudando-se em 1950 para a California, Carmel-by-The-Sea onde trabalhou e estudou desenho e pintura. Trabalhou na Army Language School na vizinha cidade de Monterey e estudou técnicas do retrato com Warshowski. Em 1955 viajou para a Europa onde estudou, na Academie de La Grande Chaumiere, em Paris por alguns meses.